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Raphael Solez - Chapter 6

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A Dolorosa Viagem à Ilha da Loucura

Raphael acordou sentindo-se em movimento, e ao mesmo tempo de cabeça para baixo. Alguém o estava carregando. Abriu os olhos e olhou em volta. Havia um deserto, viu Lilia e Catherine logo atrás da pessoa que o carregava, e atrás delas estava Alice caminhando lenta e melancolicamente.
- Ahn... Obrigado, quem quer que esteja me carregando, mas acho que já posso andar.
Foi colocado no chão. Quem o estava carregando era um homem alto, de pele escura e usava roupas típicas dos moradores do deserto. A capa cobria sua boca e a parte de cima da cabeça. Ele o reconheceu brevemente. O havia visto por um segundo na batalha, e teve a impressão de que ele estava do lado inimigo. Mas talvez tivesse se confundido.
- Meu nome é Arda.
Raphael estava se sentindo muito fraco e percebeu que estava muito ferido. Teve que lutar para permanecer em pé.
- Obrigado, Arda, meu nome é Raphael.
Arda parecia o tipo de homem de poucas palavras, continuou andando, mas parou quando viu a luz vinda de trás dele. Raphael estava se curando. Quando terminou voltou a andar. Arda pareceu estranhar, mas continuou andando. O navio estava logo em frente. Ele sabia para onde pretendiam ir. A ilha onde há muito tempo Malkav havia sido preso.
Chronos e Jules subiram no navio primeiro, depois Raphael e Arda e depois Lilia e Catherine. Alice ficou no porto.
- Eu não vou. Uma malkaviana no navio só serviria para alertar sobre a nossa localização. Não seria bom nem pra vocês e nem pra mim.
Ela começou a subir no navio. Chronos e Catherine foram até o capitão fazer as mediações necessárias. Alice esperou que eles terminassem.
- Primeiro eu preciso falar com Catherine, depois vou para Londres avisar o príncipe sobre os últimos acontecimentos.
Ela foi até Catherine. Chronos foi até uma das portas, entrou e fechou-a. Raphael achou melhor que ninguém fosse incomodá-lo. Ele havia perdido seu senhor e precisaria de tempo para se acalmar. Raphael, Jules e Arda ficariam com a tripulação e deixariam o outro quarto para Lilia e Catherine.
Alice voltou e desceu do navio.
- Por favor. Cuidem de Gabriel.
Raphael achou estranho, pensou que ela pediria que cuidassem de sua irmã. Quando o navio estava prestes a zarpar lembrou-se de uma coisa e gritou.
- Se encontrar o Abade, por favor, diga a ele que sobrevivi à batalha no Sabá.
Ela acenou e eles acenaram de volta. Logo que saíram do porto Catherine se aproximou deles.
- Preciso falar com todos, por favor, venham até o quarto de Chronos.
Acompanharam-na até o aposento. Chronos estava sentado na cama com as pernas cruzadas sobre ela, seu chapéu cobria seu rosto e ele poderia tão facilmente estar dormindo quanto acordado.
- A viagem será longa, mas precisaremos controlar nossa fome, tentem não matar nenhum tripulante, mas se for necessário... Escondam da melhor maneira possível, alguns tripulantes costumam morrer em longas viagens, então poderemos mascarar as mortes.
Todos, com a exceção de Chronos, abanaram a cabeça afirmativamente. E então saíram do cômodo, deixando o tzimisce novamente sozinho.
Conforme os dias se passaram, cada vez mais Raphael percebia que os vampiros começavam a agir estranhamente. No começo eram coisas pequenas. Arda coçava sua garganta, Jules olhava para o mar com uma expressão estranha e ele mesmo às vezes se flagrava olhando obsessivamente para as cordas das velas e as achava estranhamente assustadoras.
A cada noite as ações incomuns tornavam-se mais freqüentes e mais incomuns, chegou a ver Arda tomando sangue de um dos tripulantes e depois vomitando o que havia tomado, e às vezes ele olhava para Raphael, Jules ou Lilia com uma expressão horrivelmente faminta.
Até que certa noite ele foi acordado, alguém o chacoalhava desesperadamente. Era Jules que chamava seu nome, ele parecia pálido e amedrontado como Raphael nunca o vira antes.
- Jules, o que aconteceu?
Sentou-se na cama, Jules sentou-se no chão ao seu lado.
- Estou vendo coisas muito estranhas, Raphael.
Raphael olhou em volta, mas tudo parecia normal.
- O que você está vendo?
- Por exemplo, você, neste momento, me parece completamente coberto de sangue.
Raphael olhou para seus braços, mas estava limpo. Pensou um pouco.
- Devemos estar chegando à ilha. O poder de Malkav está fazendo efeito sobre nós.
Jules olhou para o chão, depois para os tripulantes. Arda estava sentado em sua cama, talvez tivesse acordado com o barulho. Jules voltou a olhar para Raphael, ainda parecia assustado.
- Bem... Se for apenas comigo, acho que posso me controlar.
Raphael balançou a cabeça.
- Estou certo de que não será apenas com você, Jules. Mas o melhor que podemos fazer é descansar nossas mentes.
Jules foi até sua cama e deitou-se, Arda e Raphael voltaram a se deitar, mas não importava o quanto descansassem, a loucura estava cada vez mais presente.

O Pior Inimigo, Sua Própria Mente

Raphael estava andando pelo convés, a noite estava calma, mas ele não queria olhar para as cordas que balançavam preguiçosamente no ritmo do salgado vento marinho.
O médico andava lentamente sem prestar atenção em nada, ouviu um leve ruído vindo do mastro, mas não quis olhar, continuou andando, porém dois pés pendurados à sua frente não o deixariam passar tão facilmente. Ele ficou completamente apavorado, pois sabia exatamente o que veria ao olhar para cima. O rosto de Armand estava roxo de sufoco e sangue preso, a língua pendia inchada para fora da boca, os olhos, antes ávidos olhos de guerreiro, agora saltavam esbugalhados do rosto e lhe assustavam como em um pesadelo. Raphael pôs as mãos nos olhos, queria poder chorar, mas não podia. Caiu de joelhos e ficou naquela posição, ouviu um som de algo caindo, mas não tirou as mãos dos olhos. Ouviu passos. Começou a gritar.
- Você precisa ir embora! Você precisa ir embora! Vá embora!
Ele sabia que era apenas uma ilusão, a ilha queria torturá-lo, os fracos deveriam perecer antes de alcançá-la, mas ele se sentia como uma criança de doze anos de idade. Sentiu mãos geladas se fecharem em volta do seu pescoço, mas ele continuou com as mãos sobre os olhos, as mãos apertaram sua garganta e ele começou a se debater, não precisava respirar havia anos, mas agora sentia que morreria sufocado. Quando abriu os olhos viu que estava pendurado numa das cordas que o assustavam antes, a proa estava longe e ele estava entre o navio e o mar. Olhou para baixo e viu a todos que já amou, sua mãe, seu pai, Violette, Jules, o Abade e Armand, todos olhavam para ele com olhos decepcionados. O Abade então lhe disse a pior coisa que Raphael jamais poderia imaginar.
- Eu o julguei mal, você não merecia ser um de nós. Nós estaríamos melhor sem você... Você não conseguiu salvar ninguém!
Raphael queria poder chorar, ele os amava, a todos eles, e tudo o que ele queria poder fazer era ajudar, não queria ter lembranças deles daquele jeito, mas sua mente estava matando seu coração com a arma mais poderosa que encontrou. Seu próprio amor.
Agora era Armand quem falava.
- Você não conseguiu salvar sua mãe, não salvou Yakoff e não vai conseguir salvar Vicky!
Raphael começou a gritar desesperadamente com suas mãos fechadas em volta da corda que estava em seu pescoço. Ouviu um som de algo se partindo, olhou para cima e flutuando logo acima de sua cabeça estava a pequena malkaviana, ela estava com o olhar sombrio e com uma faca cortava a corda, o vento o estava puxando para o mar e quando a corda se partiu ele precisou nadar com todas as suas forças de volta para a proa. Quando abriu os olhos percebeu que estava seco e caído no chão, tentou se apoiar para se levantar e então percebeu que suas mãos estavam em volta de seu pescoço, apertando com força, ele as tirou com muita dificuldade, e voltou ao quarto.
Jules acordou com os passos de Raphael e olhou com enorme espanto as marcas no pescoço do médico.
- O que foi que aconteceu?
Raphael tentou sorrir, mas não conseguiu.
- Eu lhe disse que não seria apenas com você.
- Precisamos descansar.
Raphael deitou-se e tentou dormir, mas estava horrivelmente assombrado pelas palavras que ecoavam em sua mente. "Você não conseguiu salvar ninguém!"

A Ilha de Malkav

A cada noite os efeitos da ilha caiam sobre um deles. Lilia em algum momento entrou correndo no quarto dos tripulantes pedindo ajuda a Raphael e ele lhe deu o mesmo conselho que dera a Jules, deveriam descansar.
Em outro momento o pior aconteceu, Arda perdeu o controle e matou muitos dos tripulantes de modo sanguinário, quando Lilia e Jules pediram a Raphael para que ele tentasse curar a demência com a Valeren Arda apenas sentou-se na ponta da proa e lhes pediu que ficassem longe dele pois ele poderia atacá-los. Logo depois ouviram risadas insanas vindas do quarto onde Chronos estava, ele abriu a porta com seu arco e flechas em mãos olhando-os com um sorriso sanguinário no rosto, mas parou e voltou a fechar a porta, Catherine não saiu do quarto em momento algum da viagem, nem mesmo para tomar sangue.
Mas quando chegaram à ilha, Raphael constatou que não houve muitos danos infringidos aos cainitas, apenas Catherine ficou em estado catatônico e ele temeu que teriam de deixá-la para trás. Estava descendo do navio quando Jules que estava logo atrás segurou seu ombro.
- Espere.
Ele estava olhando para Chronos que se dirigia ao quarto de Catherine. Eles esperaram sem conseguir enxergar o que se passava dentro do cômodo. De repente tudo o que ouviram foi um som estrondoso de um corpo batendo contra uma parede, o navio balançou um pouco. Raphael, Jules, Arda e Lilia trocaram olhares arregalados, e logo depois os dois saíram. Chronos tinha seu usual sorriso no rosto e Catherine estava séria, seus cabelos loiros estavam opacos e bagunçados e seu nariz parecia estar quebrado.
Ao descer do navio Raphael viu outros dois navios aportados não muito longe daquele onde eles estavam. "Um é de Folk." Pensou, "O outro deve ser do grupo de Violette e Armand. Não devem ter chegado há muito tempo, talvez consigamos encontrá-los antes de eles alcançarem o usurpador."
A praia era curta, logo atrás dela estava uma floresta, os rumores diziam que os guardas gangréis foram colocados lá, mas enlouqueceram logo depois. E entre a areia e a terra começava um sulco cuidadosamente desenhado, ele levava para dentro da floresta e provavelmente fora feito pelo grupo de Folk para demarcar o caminho.
Adentraram a floresta e começaram a correr, não demorou muito para avistarem um grupo de vários tipos de animais e humanóides, todos nus, provavelmente eram os guardas que a muito perderam o controle de suas mentes. Jules, Arda e Chronos começaram a atacar.
Nuvens cobriram o céu e uma fina garoa começou a cair, talvez fosse um presságio, Lilia tentou soltar fogo, mas a garoa a impediu.
Eles estavam atacando algo e alguns deles tentaram atacá-los. Raphael e Lilia eram os mais lentos, ficaram alguns metros para trás dos outros do grupo, Raphael então criou uma barreira em volta dos dois ao se aproximarem do bando. Apenas a tempo de verem um estrondoso raio cair no local, foi muita sorte ele ter tido tempo de fazer uma barreira para protegê-los daquilo, porém aqueles que estava na frente se machucaram muito, e todos os guardas viraram cinzas.
Raphael queria poder curar a todos, mas sabia que não se alimentara bem o bastante no navio e seria um fardo para todos se entrasse em frenesi num momento como aquele.
Eles alcançaram o grupo à frente. Catherine encostou-se a uma árvore.
- Eu não me alimentei nem um pouco no navio, estou fraca, ficarei aqui para caçar, os alcançarei mais tarde.
Sebastian foi até ela e não disse nada, apenas ficou ao seu lado. Ninguém contestou.
Gabriel foi à frente seguindo o sulco, Chronos estava logo atrás dele. Jules foi até Violette, ele estava na forma de lobo e latiu algo que ela provavelmente não entendeu, ela afagou sua cabeça entre as orelhas e ele não pareceu se importar. Logo atrás estava Armand. Raphael percebeu com espanto que o guerreiro não estava com sua espada, apenas algumas adagas.
- O que aconteceu com sua espada?
- Perdida em luta.
Raphael pegou sua faca e a estendeu.
- Então leve.
- Não, você precisa mais do que eu.
A mente de Raphael o levou involuntariamente de volta à proa do navio, onde "vira" Armand enforcado. Tentou afastar a imagem.
- Armand, se algo lhe acontecer me sentirei culpado!
- E eu se algo lhe acontecer.
Raphael guardou a faca, às vezes não dá pra discutir com um guerreiro teimoso, mas ele acharia um jeito de convencê-lo antes da batalha final.

Batalha na Caverna

O sulco terminava numa enorme parede de pedras, escalando-a chegariam a uma grande fresta por onde poderiam adentrá-la. Armand subiu agilmente na frente de todos, logo atrás foi Gabriel, depois Chronos, depois Violette, seguida por Jules ainda em forma de lobo, depois Lilia, Raphael e Arda. Lá dentro estava escuro, eles desceram as pedras com cautela, um ou outro teve uma leve queda no final, mas todos ficaram bem. À frente deles estava um corredor tão escuro que Raphael não era capaz de dizer quem estava andando a seu lado. Lilia acendeu uma chama vermelha em cada mão e Gabriel acendeu outra amarela na mão direita. Tentaram manter seus sentidos aguçados, pois certamente Folk não havia deixado o caminho livre.
Raphael assustou-se ao ouvir flechas cortando o ar, viram uma pessoa completamente coberta de sangue pular de um canto do teto para o outro. Raphael não foi rápido o bastante para se desviar das gotas de sangue e descobriu da pior maneira que elas eram ácidas e feriram gravemente seus braços e seu rosto. As chamas de Lilia e de Gabriel se apagaram e todos voltaram à escuridão. Jules rosnou algo, talvez sendo um lobo, ele conseguisse enxergar no escuro. Violette correu e gritou e enfim bateu com seu bastão em algo. O ser deu um gemido. Na escuridão surgiu uma pequena luz vermelha que iluminou o rosto de Armand, Raphael já vira o guerreiro fazer aquilo, estava preparando o próximo movimento. Houve alguns sons de ataque no escuro, Lilia tentou reascender as chamas, mas não conseguiu. Gabriel sim, estava com uma bola flamejante entre as mãos e olhava friamente para a mulher, ela o encarava com olhos arregalados. Chronos, que estava agora sem seu marcante chapéu, se aproximou dela com um escudo de ossos protegendo seu corpo e a atacou, seus punhos tinham salientes ossos afiados. Raphael correu até ela com a lança em mãos e a atacou, mas ela não pareceu sentir dor. Estava ficando cinzenta e seus braços começaram a se parecer com asas, em sua cabeça, saliências tomavam a forma de chifres. Armand a atacou, mas o ferimento fechou logo depois. Lilia voltou a acender as chamas, iluminando tudo. As chamas de Gabriel estavam ficando maiores e mais escuras, o rosto do menino estava ficando magro e pálido, a mulher não desviava os olhos dele. Raphael afastou-se dela, Violette e Jules também. No local onde Armand a havia atacado o ferimento voltou a se abrir e um jato de sangue ácido espirrou no guerreiro derrubando-o no chão. Chronos voltou a atacá-la, e então Lilia jogou uma gigantesca quantidade de fogo naquela direção. Atingiu a mulher que ficou em chamas, mas Chronos e Armand não escaparam do ataque. Ela apagou o fogo com o bater das asas, Armand e Chronos rolaram até apagá-lo. Raphael correu até o guerreiro e o curou brevemente, queria poder fazer um trabalho melhor, mas não conseguira se alimentar bem no navio. Ele o levantou do chão e o ajudou a se afastar do que já não se parecia em nada com uma mulher. Chronos também se afastou. A única iluminação do local era agora a bola de fogo que Gabriel tinha em mãos, estava bem grande e o menino estava horrivelmente pálido e magro como se não houvesse se alimentado por anos. Ele se aproximou dela e jogou um único jato de chamas negras. Ela virou cinzas imediatamente.

A Dama de Ferro

Passado o corredor eles adentraram uma sala muito ampla e iluminada por tochas onde estavam um homem de cabelos curtos e pretos ao lado de um homem com roupas de alta costura, e longos cabelos castanhos presos para trás. Raphael jurava que por um momento ele parecia ser loiro, e com certeza os cabelos claros combinariam com os delicados traços de seu rosto. Acima deles flutuava Folk com um enorme sorriso no rosto ele apontava uma abertura na parede.
- Finalmente meus convidados chegaram! Do outro lado da parece está Vicky, vocês ainda podem alcançá-la, ela acabou de entrar. Eu só tenho contas a acertar com Gabriel.
Gabriel o olhou com desprezo, seu rosto estava com a cor natural novamente. Folk forçou um suspiro.
- Mas, como sei que muitos de vocês têm outras contas a acertar comigo podem escolher entre lutar contra mim ou tentar impedir Vicky. Não sei quanto a vocês, mas não é nem um pouco vantajoso para mim que Malkav acorde.
Violette correu até a abertura e Jules foi atrás dela, Chronos andou calmamente até a abertura, e depois de ultrapassá-la duas flechas saíram de lá e por pouco não acertaram Folk. Raphael olhou para Armand.
- Você ficará?
O guerreiro abanou a cabaça afirmativamente. Raphael pegou sua faca pela lâmina e ofereceu o cabo a ele.
- Eu vou atrás de Vicky, e não vou levar esta faca de jeito nenhum.
Armand suspirou, abanou a cabeça mais uma vez e finalmente pegou a faca.
Raphael sorriu, correu até a entrada e quando passou por Folk este lhe disse.
- Bom garoto.
Raphael não parou para ver a expressão no rosto do usurpador, pois se visse era capaz de se deixar levar pelo ódio, e ele sabia que precisava ir atrás de Vicky. Tentando ignorar a voz que ainda lhe sussurrava em sua mente "... e não vai conseguir salvar Vicky!"
Jules, Violette e Chronos estavam correndo numa formação em V, Raphael os alcançou e ficou logo atrás de Jules, entre Violette e Chronos, formando uma pirâmide.
Eles corriam num local que parecia às vezes uma floresta e às vezes um corredor de pedras, andavam em linha reta, mas pareciam sempre virar numa curva, continuavam correndo todos juntos, tentando ignorar os efeitos da proximidade de Malkav. Até chegarem a uma porta, Violette a abriu e lá dentro viram uma grande sala onde havia bem no centro uma dama de ferro acorrentada e a sua frente Vicky, com os ruivos cabelos agora soltos, tentando quebrar os cadeados com todas as suas forças. Violette gritou.
- Vicky, pare!
Ela olhou para trás e começou a trabalhar com mais pressa. Eles começaram a correr até ela. Chronos atirou duas flechas e ela quase caiu, mas se pendurou nas correntes.
- Por favor, eu preciso fazer isto!
Raphael e Chronos diminuíram a velocidade, Chronos tinha uma expressão estranha, e Raphael sabia o motivo, devia estar com a mesma expressão.
Violette alcançou Vicky e a tocou, ela soltou um suspiro antes de desacordar.
- Não!
Raphael começou a sentir o olho em sua testa doer, primeiro um pouco, depois começou a ficar pior.
Chronos foi até Violette e num ato de completa sinceridade colocou sua mão descoberta no braço também descoberto da capadócia.
- Tem alguma coisa errada.
O olho de Raphael estava doendo demais, ele sentia como se um ferro incandescente o estivesse pressionando. Colocou as mãos sobre o olho, caiu de joelhos e gritou. Os três se voltaram para ele. O olho começou a emanar uma luz muito forte, ele o soltou e a luz iluminou o cômodo inteiro. A malkaviana que estava nos braços de Violette foi atravessada pela luz como se fosse transparente. Chronos arregalou os olhos.
- Não é real!
Violette esfaqueou o peito da menina, mas a faca apenas a atravessou. A luz ficou ainda mais forte e envolveu a todos. Eles voltaram à sala anterior, estavam abrindo a porta, e lá dentro, Vicky já havia aberto a dama de ferro.

Vicky e Malkav

Malkav estava preso dos pés à cabeça por faixas e estava seco e com um tom apodrecido na pele como uma múmia. Ele começou a cair das estacas, soltou os braços e abraçou Vicky que o abraçou de volta.
- Eu estou aqui, pai.
Violette gritou.
- Vicky, pare agora! Se ele acordar, eu te mato!
Ele mordeu seu pescoço. Eles correram na direção dos dois, Jules atacou a cabeça de Malkav, mas ele nem se mexeu, Violette e Chronos tentaram morder os braços dele.
- Pai, faça alguma coisa!
Violette ficou horrorizada com o que a menina havia dito e enfiou sua faca nas costas dela. Raphael tentou afastar Vicky de Malkav, mas o abraço era forte demais.
- Vicky, pare com isso!
Chronos continuou a morder o braço de Malkav, com o braço que estava livre, o Antediluviano lentamente tentou golpear Violette, mas ela nem precisou se esquivar muito, ele estava movendo o braço com completa lentidão. Jules o golpeou novamente. Raphael tentou puxá-la para longe dele mais uma vez.
- Vocês precisam parar!
Malkav afastou o outro braço do corpo, estava agora com os braços abertos. Raphael sentiu de repente que estava com fome, mas tentou ignorar, Chronos continuou mordendo um dos braços e Violette avançou com enorme voracidade para o outro.
- Pai, o tremere na outra sala... Mate-o!
Jules avançou e empurrou Vicky para longe de Malkav, ela desmaiou. Raphael retirou a faca de suas costas. O médico mal conseguiu ver o que aconteceu em seguida, Malkav correu numa velocidade assustadora, levando consigo Violette e Chronos que estavam presos pelos dentes. Ele abriu um enorme buraco na parede, Violette e Chronos bateram contra ela e caíram. Levantaram-se o mais rápido que puderam e ao lado de Jules, passaram correndo pelo buraco, perseguindo o Antediluviano.
Raphael olhou para Vicky, ela estava desacordada, mas Malkav a poupara, não tomou todo o sangue dela.
"... e não vai conseguir salvar Vicky!"
Pegou-a em seus braços, levantou-se e andou em direção ao buraco na parede.
Ok, I almost cried writing the delusions, I knew that he would see somebody hanging on a rope, and someone would say he never managed to save anybody ;_;
And I guess my friends must think Raphael likes Armand more than he likes Abbot Faria, but the truth is I have this incondicional crush on Armand, but Raphael loves them both equally ._.
Anyways, this is probably one of the last chapters ToT
Thank you for reading, realy, when someone reads what I wrote, no matter how bad writen and how many mistakes I made, I feel proud ^^

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F*CKING MISTAAAAAKES, will you ever end???? ;_;
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